- O estudo mais recente da aliança global WeProtect revela um aumento de 87% no número de denúncias de material de abuso sexual de crianças.
- As conversas com crianças em plataformas de jogos sociais podem evoluir para situações de aliciamento de alto risco em 19 segundos.
- A IA está agora a ser utilizada para gerar material de abuso sexual de crianças.
- Investir em abordagens de saúde pública: Dar prioridade à prevenção e investir em intervenções dirigidas a quem cometeu, ou está em risco de cometer ou sofrer, abusos. Se investirmos na resposta ao problema apenas depois de o abuso ter acontecido, estamos a falhar perante as crianças.
- Centro de Direitos e Perspetivas das Crianças: Conceber intervenções que capacitem as crianças, removam as barreiras à identificação de abusos e permitam responsabilizar os fornecedores de serviços online.
- Implementar legislação alinhada a nível global: Impedir que os infratores explorem as lacunas legais através da adoção de regulamentos da Internet consistentes a nível global.
- Adotar uma abordagem de segurança por defeito: Implementar abordagens inovadoras para a conceção de tecnologia que deem prioridade à segurança do utilizador desde o primeiro momento, e não como uma reflexão posterior.
- Fosso nas perceções das crianças: Existe um abismo significativo entre as perceções das crianças sobre os riscos online e a manifestação real do abuso online. Está comprovado que os agressores são muitas vezes conhecidos da criança e que as plataformas privadas são onde ocorre a maior parte dos danos sexuais. Este facto enfatiza a necessidade de melhorar a informação sobre segurança online adequada a cada idade, bem como de processos de denúncia acessíveis.
- Pornografia como precursor? O relatório destaca provas emergentes de uma correlação entre a visualização frequente de pornografia e o acesso a material de abuso sexual de crianças.
- Grupos minoritários são alvo: As minorias vulneráveis e os grupos marginalizados, incluindo por orientação sexual, raça, etnia ou deficiência, estão desproporcionadamente expostos a danos sexuais online.
- A instabilidade global aumenta os abusos: A pobreza, a desigualdade e as crises globais, como a pandemia de COVID-19, a guerra na Ucrânia e as alterações climáticas, contribuem para o aumento da exploração e do abuso sexual de crianças.
1 NCMEC
2 Internet Watch Foundation
Sobre a WeProtect Global Alliance: A aliança global WeProtect gera compromisso político e abordagens práticas para tornar o mundo digital seguro e positivo para as crianças, prevenindo o abuso sexual e os danos a longo prazo. O alcance da Aliança não tem precedentes: 102 países são membros, juntamente com 66 empresas do setor privado, 92 organizações da sociedade civil e 9 organizações intergovernamentais. Juntos, analisam problemas complexos e desenvolvem políticas e soluções para proteger as crianças contra o abuso sexual online. Mais informações em www.weprotect.org.
Sobre o Global Threat Assessment 2023: A WeProtect Global Alliance elabora o Global Threat Assessement, um relatório de avaliação das ameaças globais, a cada dois anos para avaliar e acompanhar as mudanças na escala e na natureza da exploração e abuso sexual de crianças online, com vista a informar e orientar a resposta global. A edição de 2023 é o quarto relatório da série. O seu objetivo é incentivar ações baseadas em provas, reconhecendo os progressos alcançados até à data, recomendando soluções e medidas baseadas nas provas apresentadas, e destacando oportunidades para prevenir o abuso antes que este aconteça.